24 de janeiro de 2011

Ainda as eleições

Apesar de estar longe, tenho como ritual ler todos os dias pela manhã as "gordas" no Público. Sendo dia de eleições e tendo em conta o estado da nação, ontem às 21h lá me colei ao computador para ver/ler as notícias da terrinha.
Não vou comentar o resultado, mas houve algo que me deixou perplexa. Como é que é possível que pessoas não pudessem votar por terem o cartão do cidadão. Não era suposto simplificar as coisas?
Somos pioneiros em diversas áreas da tecnologia (e não estou a ser irónica, refiro-me sistemas como o da via verde, ao passaporte electrónico com n sistemas de segurança, entre outros), implementamos um cartão que para além de servir como documento de identificação ainda substitui o cartão de utente, contribuinte, segurança social e eleitor, e depois afinal de contas não o podemos usar para votar.
Uns dizem que os equipamentos que permitem a sua leitura apenas estarão disponíveis em 2012 (devem vir de outro planeta). Tudo bem! Mas, e que tal em vez de inutilizarem os cartões de eleitor furando-os, avisarem os cidadãos que o mesmo deve ainda ser utilizado para votar? Era preferível chegar à mesa de voto com o cartão de eleitor e dizerem que afinal já não é preciso porque temos um sistema altamente sofisticado, capaz de ler o cartão do cidadão e sacar de lá o número. Segundo o Público, alegadamente, a Presidência do Conselho de Ministros esclarece que o cartão do cidadão serve apenas para identificar e que não dispõe do número de eleitor no chip.
Os senhores decidam-se! Ou bem que temos um cartão xpto capaz de substituir 5 cartões diferentes e capaz de me poupar espaço na carteira para os infinitos cartões de cliente que agora são moda em tudo o que é loja, ou temos um novo bilhete de identidade, mais compacto, resistente e acinzentado.

3 comentários:

Malena disse...

Cozinhados à portuguesa! ;)

Filipe Cardoso disse...

Cozinhados à portuguesa dentro dos quais desta vez eu fui um dos ingredientes principais, senti na pele todos estes problemas. Mas na memóra fica a minha imagem em frente à mesa de voto a ouvir um sonoro: "Não consta da lista", e aí começou a minha saga por perceber afinal onde é que meto o papelinho?

dani disse...

O que me faz mais confusão é o facto de ser óbvio para quem trabalha nos serviços que isto iria acontecer, mas ainda assim ninguém ter feito nada a respeito. Enfim... :S