30 de novembro de 2010

Sorte de principiante...

...definitivamente não é comigo!

Depois de uma semana intensa de trabalho, onde é que acabou o primeiro trabalho experimental? No lixo (claro)!
Desta vez são as bactérias que não querem nada comigo! :(

Eu sei que me queixo um bocadinho do cheiro (que detesto), mas não levem a peito, não é nada pessoal.
Agora por favor importam-se de crescer bonitas e saudáveis e de fazerem aquilo que eu preciso?!

25 de novembro de 2010

Os primeiros flocos de neve!

Vou só ali dar mais uns saltinhos de contentamento e tirar mais fotos (de preferência não em simultâneo) :D


p.s.: Desculpem lá o entusiasmo, mas em Braga só neva uma vez por ano (e foi só nos últimos dois anos).

23 de novembro de 2010

Chocoólica

Assim ao estilo de reunião dos chocoólicos anónimos que se vê nos filmes, a minha apresentação seria:

Olá, sou a Dani e não consigo para de comer chocolate desde que cheguei à Suíça!

Devo ter apanhado um virus, mas não é um virus qualquer, é o virus que induz a injestão de chocolate. É verdade! Não há vez alguma que eu vá ao supermercado e não traga (no mínimo) uma tablete de chocolate. É mais forte do que eu! Lógico que depois de chegar a casa ele também não dura muito tempo na embalagem (não vá correr o risco de se estragar).
o sei o que se passa, em Braga sobrevivia sem comer chocolate, aqui não consigo!
Já pensei que pode ser devido ao facto de a Suiça ser conhecida pelos chocolates e agora isso não me sair da cabeça. O que até era um motivo válido, não fosse o facto de o país também ser famoso pelo queijo (com uma secção no supermercado muito maior do que a dos chocolates) e eu nem por isso andar armada em ratinho.

p.s.: Parece-me que a melhor solução é continuar a comer chocolate até perceber a origem do problema. :p

13 de novembro de 2010

Aventuras e "Je ne parle pas français" II

No comboio:


Senhora: Começa a debitar ?#"!#$%# #"?=?#"!"#"
Eu: Hum... (atónita)
Senhora: Continua a debitar
Eu: Excusez-moi, je ne parle pas français.
Senhora:???


p.s.: Para além de lhe ter respondido em francês, esqueci-me de mencionar que estava muito compenetrada a (tentar) ler um jornal Suíço. Na realidade eu estava  ver se percebia alguma coisa, mas ela deve ter achado que eu estava a gozar com ela.

11 de novembro de 2010

Cheiros que deixam saudade

Depois de andar a espreitar aqui e ali, não consegui deixar de pensar a que cheiram as saudades para mim.

Para mim a saudade cheira a creme de farinha Maizena com canela, a café de cafeteira, a bolo de iogurte, a broa a sair do forno e a sopas de cavalo cansado. Cheira a madeira acabada de cortar, a serradura, verniz e a tabaco, ao avental da minha mãe depois de um longo dia de trabalho no restaurante.
Cheira a fumo da lareira, a salpicão e presunto, a cebola salgada com vinho, ao vinagre dos pimentos curtidos. A Tokalon e aos mimos da minha avó, a suor depois de um dia a trabalhar a terra, a protector solar e a maresia, a bolachas de baunilha e cachorro-quente.
A XS de Paco Rabanne (o perfume que usavas quando te conheci), a Light Blue e tardes passadas na conversa. Cheira a sardinha assada e a bifanas, a manjerico, ao camião do lixo.
Cheira a campo e a serra, ao mofo da sede dos escuteiros, cheira a chouriço assado na fogueira, a terra molhada, a lama e a caruma. 
Cheira a salgadinhos, a bacalhau assado com broa, a arroz com feijão, a sopa feita na fogueira numa panela preta de três pés, a pastéis de Belém e a formigos. Como hoje é dia 11, não me podia esquecer, cheira a castanhas e a água pé.
Cheira a...

10 de novembro de 2010

Há coisas que nunca mudam

Bastou menos de uma semana em Lisboa e os filhos da mãe dos gatunos já me tentaram assaltar o carro!! Já começa a tornar-se hábito, Xiça!
É que ainda por cima são amadores. Tanto tempo nestas andanças e ainda não aprenderam a arrombar o raio da fechadura à primeira, sem me estragarem a chapa e sem terem que estragar sempre duas fechadura? Argh!!!

O bom de estar longe é que dizem o que os olhos não vêem o coração não sente. Depois levo o choque quando chegar a casa. Entretanto o melhor é relaxar ao som disto.

9 de novembro de 2010

Questão para queijinho


Sabemos que viemos trabalhar para um país frio quando:

a) Estão cerca de 15ºC na rua, começamos a pensar que devíamos ter vestido uma roupa mais quente e vemos pessoas em T-shirt a passear no Campus.

b) Saímos com uma colega de laboratório ao final do dia e vestimos o casaco. Ao passo que ela se enrola toda no cachecol, põe o gorro, calça luvas e veste um casaco grosso antes de sairmos.

c) Vamos discutir trabalho com um colega para o gabinete e vemos que estão lá uns skis.

8 de novembro de 2010

Já não sou uma futura sem abrigo

Depois da procura incessante de um local para morar e de alguns obstáculos linguísticos, finalmente encontrei um quarto.
É um verdadeiro achado, um pouco estranho à primeira vista, mas muito bom tendo em conta todas as coisas que já vi.
Digo que é estranho porque fica num local um tanto ou quanto peculiar onde não me passaria pela cabeça alugar um quarto. Trata-se da torre de uma Igreja (eu disse que era peculiar, mas muito giro). :)
É um quarto independente, espaçoso, limpo, fica muito bem localizado, mesmo no centro, próximo de tudo, inclusivé do metro que me leva direitinha à EPFL e com vista da janela para a catedral e para as montanhas.

Tão lindinho que parece mesmo caído do céu. :p

7 de novembro de 2010

Pontos de vista II

Está a chover lá fora:

Eu: Fico em casa, ainda em pijama, a ponderar se saio à rua porque não tenho chapéu de chuva.

Os Suíços: Vestem o impermeável, pegam na bicicleta e fazem-se à vida.


(estou sempre a aprender)

6 de novembro de 2010

Pontos de vista

Copo meio vazio (o meu actualmente)

 - Porque raio havia eu de vir parar a um sítio onde não falam inglês!?

Copo meio cheio

Podia ser pior e estar num sítio onde falam finlandês, alemão ou até japonês!

5 de novembro de 2010

Aventuras e...

... "Je ne parle pas français"

Como já mencionei algures (umas 576432789 de vezes) em Lausanne é difícil arranjar alojamento, a oferta é pouca e a procura é imensa, logo, quando contactamos um sítio a perguntar se podemos visitar, respondem-nos que têm umas 30 pessoas interessadas. Tendo em conta isto, quando vi um anúncio com e-mail e número de telefone, não pensei duas vezes (pensei mil) e resolvi ligar. Pormenor: Já disse que não falo francês???

Começo com um tímido "Bonjour" seguido de um destemido "Parlez-vous anglais?". Ao que me respondem "Pas".

Hum?!  #?=@?$'!! Pronto, estou lixada! E agora? (pânico)
Com o portátil à mão e o "google translator" aberto, lá me tentei safar, até que empanquei no horário da visita. Não percebi a hora que a pessoa dizia. Estava toda atrapalhada e desligam-me o telefone. Ahhh desespero! Tinha duas hipóteses ou não ligava e perdia a oportunidade de ficar com o quarto, ou arriscava novamente e tinha a possibilidade de o visitar. Lá liguei outra vez, pedi imensa desculpa e disse-lhe que não falo francês, blá, bá blá...

Resumindo, consegui marcar uma visita para amanhã. Agora pensando bem acho que é muito provável não ficar com o quarto, se a pessoa não fala inglês, eu não falo francês vai ser difícil comunicar. Quem é que quer partilhar casa com um mimo? (sim, porque é isso que vou ser, pelo menos nos primeiros tempos até aprender a falar e fazer beicinho)

4 de novembro de 2010

Dani@Lausanne

Já cá estou!

Para já tudo a correr bem, vim ter direitinha à residência sem me perder. Apesar de ter algumas (muitas) dificuldades com o francês, lá me desenrasquei a comprar os bilhetes de comboio e metro.
É tudo novo, muitas caras novas, nomes para decorar, edifícios para percorrer (sim, porque estou sempre a perder-me), mas faz parte. Quando me mudei para Braga tive exactamente a mesma sensação em relação às pessoas e ao local de trabalho, aos poucos fui-me dando a conhecer e fui conhecendo as pessoas.

A maior diferença que senti é mesmo ao nível dos custos do dia a dia, as coisas são substancialmente mais caras do que em Portugal, e nem me posso dar ao luxo de comparar com os preços de Braga onde cheguei a almoçar por 1.80€ (prato, sopa, bebida, café e pão), no fundo é tudo proporcional aos ordenados daqui, que são um bocadinho diferentes dos nossos (tenho ideia que o ordenado mínimo para estes lados são 3000 CHF).  E a habitação... sem comentários. 
Em Lausanne é a loucura para arranjar um apartamento ou quarto, ou estão alugados, ou têm 30 pessoas candidatas ou são medonhas ou são exageradamente caros ou ainda são uma fraude e vamos a ver e não existe apartamento nenhum para alugar e é tudo um esquema.
Esquecendo o alojamento...

As pessoas do laboratório são de uma modo geral simpáticas, estão sempre prontas a ajudar. Hoje fui com eles à cantina, para meu espanto o almoço era veado. Já que estou noutro país a ideia é aproveitar e conhecer a cultura então em vez de pedir a alternativa (lasanha) arrisquei no veado. Até não é mau, tem um gosto mais intenso como a carne de caça, mas bem temperado é bom. Mais tarde é que me dei conta de que posso ter comido um familiar do Bambi, o filme nunca mais terá o mesmo significado. :p

2 de novembro de 2010