27 de janeiro de 2010

O Caso das Mangas Explosivas

de Mohammed Hanif é o livro que ocupa agora a minha mesinha de cabeceira.


Um dia destes virei a página e deparei-me com este texto que me deixou incomodada...

“- As mulheres dão sempre essa desculpa quando são apanhadas a fornicar, mas todos sabemos que não é fácil cometer uma violação. O autor necessita de pelo menos quatro cúmplices. Tem de haver dois homens a segurá-la pelos braços, dois a imobilizá-la pelas pernas e o quinto entre as pernas dela, a cometer o acto. Portanto, a resposta é, se uma mulher for violada, é um delito grave.

- Significa que a mulher terá de identificar os cinco culpados perante o tribunal? – perguntou Zia.

- Como sabes, a nossa lei não é uma lei escrita na pedra, incentiva-nos a recorrer ao nosso bom senso. Portanto é possível que a mulher não seja capaz de reconhecer os dois homens que a seguram pelos braços e, nesse caso, o juiz pode abrir uma excepção.

(…)

- E se a mulher em causa for cega? – perguntou o general Zia.

O qadi não entendeu a pergunta do general.

- Moralmente cega ou referes-te a uma pessoa a quem Alá não deu a faculdade física da visão?

- Cega. Uma mulher que não vê.

- A lei não distingue as pessoas que vêem das que não vêem. Suponhamos, como mera argumentação jurídica, que neste caso o cego era o violador. Teria ele direito a algum privilégio especial? Logo, a vítima cega ou não, beneficia do mesmo escrutínio e dos mesmos direitos.

- Como pode ela reconhecer os violadores e os outros que a imobilizaram?

Pode fazer-se de duas maneiras: se for casada, o marido terá de testemunhar perante o juiz que ela é uma mulher de bom carácter e depois necessitamos de quatro varões muçulmanos de sólida formação que tenham presenciado o crime. E como a violação é um crime muito grave, não bastam provas circunstanciais. «Ouvimos gritos e vimos sangue e ouvimos o homem bater-lhe» não é prova suficiente. As testemunhas terão de ter presenciado a penetração. Se a mulher não for casada terá de demonstrar que era virgem antes desse crime horrível ter sido cometido.

(…)

- Mas como é que essa mulher pode demonstrar que era virgem se um bando de homens abusou dela durante três dias e três noites?”

In O Caso das Mangas Explosivas, Mohammed Hanif

Mesmo sabendo que o livro é ficção fiquei intrigada com o que li. Será que isto acontece mesmo? Como é que é possível que tal absurdo seja aceite, seja A Lei?

Fiz uma pesquisa e li que ocorreram algumas mudanças em 2006 quanto aos direitos das vítimas, mas ainda assim a sua condição continua a parecer-me injusta. Na era do DNA e da moda do CSI, como é que as coisas são assim?

Consigo respeitar as suas crenças religiosas, ainda que não as compreenda na sua totalidade, os costumes... mas violação é violação seja qual for a raça ou credo!

É nestas alturas que devo ficar ainda mais feliz por viver em Portugal!

24 de janeiro de 2010

Body quê?!

Admito que sempre que me convidavam para ir a aulas como Step, ficava sempre reticente e dava desculpas como "Hum... não acho muita piada, não tenho horário." ou "Isso não é bom para os meus joelhos".
Por trás dessas desculpas a verdadeira razão era "Essas coisas não dão para mim porque sou totalmente descoordenada e não tenho sentido de ritmo!"
Agora, alguns anos depois, rendi-me às aulas de ritmo...

Esta semana foi só experimentar coisas novas, depois de meses a adiar, lá me aventurei a frequentar as aulas de Jump e Pump Attack.
As aulas de Jump consistem na realização de exercícios em cima de um mini-trampolim, dito assim parece simples, e foi exactamente o que eu pensei, faltava mencionar a coreografia.
Bolas! Se fazer uma coreografia no chão coordenada com o step me parecia assustador, fazê-la enquanto salto num mini-trampolim, é simplesmente aterrador!

Soluções:
- certificar-me de que fico na última fila, ou não vá provocar a queda de alguém que não consiga conter o riso ao olhar para mim;
- olhar sempre com muita atenção para a rapariga da frente (a desvantagem de ficar atrás é que não consigo ver o professor, e logicamente não consigo adivinhar que raio de exercício é para fazer quando eles diz os nomes esquisitos);
- Não ser muito arrojada nos exercícios, pois nesta fase inicial a probabilidade de ser projectada para a frente é elevada (ainda não consigo dominar o instinto de saltar com impulso para cima).

A aula de Pump Attack correu um pouco melhor, depois de algum tempo lá atinei com a coreografia simples (muito simples) e a professora foi impecável, provavelmente apercebeu-se de que era a minha primeira aula e amistosamente lá me foi corrigindo a posição nos exercícios.

Ainda bem que escolhi os pesos mais levezinhos, a aula foi puxada de tal forma que me custou levantar os braços para esfregar a cabeça no banho e dias depois ainda me doíam músculos que nem sabia que existiam.

Para já a motivação é grande e como tenho companhia, ainda melhor, por isso para a semana há mais. :)

20 de janeiro de 2010

Sherlock Holmes

Ontem foi dia C no Bragashopping, o que significa bilhete de cinema por apenas 2€. A escolha recaiu sobre Sherlock Holmes...


Quem espera encontrar um Sherlock Holmes de aspecto semelhante ao que habitualmente vemos em filmes e séries, desengane-se. O Sherlock desemprenhado por Robert Downey Jr é um detective excêntrico, irónico, bastante perspicaz e que gosta de invenções. Gostei do pormenor na cena de luta em que este analisa metodicamente e em slow motion a forma de derrubar o adversário (nunca pensei ver o Sherlock Holmes neste tipo de lutas e em tão boa forma).


A dupla que faz com Mr. Watson (Jude Law) é muito divertida, é engraçado ver os diálogos entre ambos numa espécie de relação amor-ódio.
De um modo geral gostei muito do filme, os acontecimentos desenrolavam-se rapidamente conseguindo manter-me sempre desperta à espera da próxima cena, os diálogos tinham bastante sentido de humor (foi só rir) e a banda sonora fenomenal, ou não estivesse a cargo do grandioso Hans Zimmer.

Sem dúvida que é um filme para rever.

15 de janeiro de 2010

De volta

Desta vez a determinação falou mais alto e pús-me a caminho do ginásio (os números da balança depois dos festejos natalícios também deram um empurrãozinho).

Tenho que registar como é boa a sensação com que fico depois de ir ao ginásio, para me relembrar quando começo hesitar com a preguiça. :p

P.s.: Vamos lá ver quanto tempo dura esta fase.

12 de janeiro de 2010

A idade não perdoa...

... nos carros então.

O meu carrito que acabou de fazer 10 anos (é um jovem), desatou aos tremeliques e a fazer um barulho esquisito a trabalhar.
O resultado foi trocar velas, cabos das velas e a carteira mais leve. Ainda não é este mês que recupero das compras de Natal.

10 de janeiro de 2010

Welcome 2010


Com o Ano Novo vem sempre aquela sensação de renovação, é como se fizéssemos um reset. O relógio passa a meia noite como todos os dias, mas a noite é de alegria, esperança, resoluções...
Eu não sou excepção, para este ano fiz imensos planos. Vamos ver como corre, se depender de mim vai ser um ano em grande!