Já lá vão 15 dias que o meu marinheiro se fez ao mar ao serviço da nação para combater os piratas.
Ao reler esta frase quase que me sinto teletransportada para aos anos de 1500 e qualquer coisa, qual donzela que vê o seu mais que tudo partir numa caravela em direcção ao desconhecido.
Felizmente não estamos em 1500 e picos, os navios não são de madeira e existe uma coisa magnífica chamada internet que me permite comunicar com ele. Em vez de um pombo correio que levaria semanas/meses a viajar até mim com boas novas, temos o e-mail, que às vezes leva umas horas mais que o habitual a chegar. Mas o que são horas compradas com meses sem comunicação?
Ontem recebi um e-mail, aqui fica um excerto:
"Pelo que sei a água no Djibouti não é potável pelo que vão haver cortes enquanto lá estivermos o que vai ser uma treta, ainda por cima nem convém sequer produzir água doce ali perto. Nem imagino a porcaria que haverá naquelas águas.
Hoje é dia de mais um comprimido da malária, o terceiro já, e até agora tenho-me aguentado, o mesmo não podem dizer alguns que por cá andam.
De resto pelos relatórios que vamos recebendo, há todos os dias navios a serem atacados e ontem havia pelos menos uns 10 nas mãos dos piratas e um resgatado após pagamento. Isto está mesmo activo."
Depois de ler isto as saudades aumentam exponencialmente e o meu coração fica pequenino (falta tanto tempo!!)
Falta de água potável, malária, piratas, aiiiii... depois ainda há quem diga que as forças armadas não servem para nada!
Quando tiverem um amigo(a), namorado(a), irmão(ã) metido num navio minúsculo enviado para África para combater os piratas, depois falamos está bem?