12 de março de 2010

Ao lanche...

(apanho a conversa a meio)

Pessoa 1: ... Eles vivem à custa do zé povinho. Eu acho que deviam acabar com o exército!
Eu: Mas acabavas só com o exército ou com as forças armadas em geral (exército, marinha, força aérea)?
Pessoa 1: Acabava com todos. Assim não havia armas para ninguém, acabavam-se as guerras. Não servem para nada!
Eu: Sabes quem foram os primeiros a chegar à Madeira para prestar auxílio?
Pessoa 1: Quem?
Eu: Militares (neste caso a Marinha). Sabes que andou a resgatar os corpos das pessoas? Os militares!
Pessoa 1: Nesse caso está bem. Até servem para essas coisas.
Pessoa 2: Os primeiros foram os madeirenses, que já lá estavam!
Eu: Sim, esses prestaram auxílio imediato. Mas os primeiros externos à população da ilha a chegar lá foram os militares.
Pessoa 2: Se os madeirenses já lá estavam, eles é que formam os primeiros!
Eu: Silêncio (não tinha energia para um debate de nível tão elevado... barulho da máquina de chocolates... cai um snickers)

Ele há cada um!
Cada pessoa tem direito à sua opinião, e é natural que quando não estamos familiarizados com determinado assunto, tenhamos já ideia pré-concebidas que podem ou não corresponder à realidade. É pena é que haja quem não esteja disposto sequer a dar uma hipótese de que lhe mostrem como as coisas são, ou pelo menos a expor um ponto de vista.

3 comentários:

Filipe Cardoso disse...

Se ao menos essas pessoas lerem o teu blog então que leiam também este comentário... sim fomos os primeiros a chegar, sim fui um deles, sim sou militar. Se não fizemos mais foi porque as autoridades não o permitiram por motivos políticos que a nós são alheios, sim fomos mandados embora do Funchal porque o cais onde estávamos seria necessário para atracar no domingo dois navios de cruzeiro.

Sim, o número de vítimas é falso e sim nem tudo o que os políticos dizem acerca das forças armadas é verdade.

Uma coisa posso-vos dizer, convido todos os que se mostram contra as forças armadas, a fazerem a mala num sábado à tarde e a dierem aos vosso filhos e conjuges que vão para a Madeira ajudar o próximo; Ou até dizer que vão para a somália resgatar tripulações aprisionadas.

Nunca se esqueçam de uma coisa, um dia poderão ser vocês a precisar desse apoio. Tenho dito. Obrigado Dani pela compreensão e por tantas vezes teres sentido na primeira pessoa os aniversários, os natais, casamentos e até funerais, Desculpa por todas as vezes que faltei a teu lado para defender quem não nos defende.

catarina disse...

Ai a pessoa 2 revela uma inteligencia claramente acima da média!

dani disse...

Eu, tu (Lince) e a Catarina temos a perfeita noção da necessidade da existência das forças armadas e de outras forças. Sabemos que na maioria das vezes actuam como agentes pacificadores e não como causadores de conflitos! Não andam a criar guerras!!
Acredito que muitas pessoas partilhem a nossa opinião...
Quanto aos intervenientes, a mim pareceram-me totalmente distintos, um fala por desconhecimento de causa, o outro acho que é só mesmo estupidez natural. :p