... que não se podem fazer nesta fase:
- Quando é que acabas o doutoramento? (só Deus todo poderoso é que sabe, ou o meu Chefe vá)
- Quantos artigos é que te faltam? (os mesmos que a semana passada, ou julgas que isto é alguma bimby, metes para lá os reagentes e sai logo o artigo na impressora)
- Quando é que acaba a bolsa? (já acabou!! larguem-me da mão!)
- O teu chefe vai pagar-te? (não está a pagar e não vai, por isso vejam lá se começam a organizar jantares em casa do pessoal em que cada um leva qualquer coisa a jeito de pic-nic. 20 jantares de Natal com amigo secreto estão fora de questão)
- Porque é que continuas a trabalhar se deixaste de receber? Eu vinha-me embora! (porque o meu chefe tem a faca e o queijo na mão, sem trabalho não há resultados para artigos, sem artigos não há tese , sem tese não há doutoramento, simples não é?)
3 comentários:
Ok... uma pergunta que talvez não se possa fazer: porque não re-iniciar o doutoramento no estrangeiro em condições mais favoráveis?
Assim perdiam-se dois anos de doutoramento, sim, mas ganhava-se uma carreira com muito mais potencial de estabilidade no longo prazo.
Isso em teoria e tudo muito simples, na prática não é bem assim...
Eu estou em doutoramento há quatro anos e num projecto de investigação que gosto e com imenso potencial que não fica nada atrás de programas doutorais de grandes instituições internacionais. É por ainda acreditar neste trabalho e por gostar do que faço que me levanto tds os dias para trabalhar (mais do que as convencionais 8 horas) mesmo sabendo que no fim do mês não vou receber um tostão.
Se estou feliz com esta situação? Óbvio que não, que o meu carro ainda não anda sem gasolina e eu não vivo do ar!
Mas enquanto conseguir manter a minha estabilidade emocional não faz parte dos meus planos desistir.
"Acreditar" e "gostar" são as palavras-chaves do teu comentário e contra elas um pobre escravo do vil metal como eu nada pode argumentar :) E quanto ao carro só tenho duas palavras: Lupo 3L
Enviar um comentário